Na década de 50 do século passado, David McClelland, psicólogo, foi o precursor de algumas correntes de pensamento. Entre elas a Teoria das Competências que está relacionado ao C.H.A, que é baseado nela a minha tese abaixo, mas tem também a Teoria das necessidades que falarei e um novo conteúdo.
Gostaria de convidar você para uma reflexão mais aprofundada a cerca desse assunto que tanto se fala até hoje nas empresas, e que, ao que parece, é um desafio entender o porquê profissionais ainda não chegam aos resultados esperados pelas corporações. Estou me referindo a Gestão por Competências.
Primeiro vamos entender o que é Competência
Gosto muito da definição escrita por Scott B. Parry em um livro chamado “The quest for competencies” (A busca por Competências), que diz: “Competências é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com o desempenho, que pode ser medido segundo padrões pré-estabelecidos e que pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento”.
O que é o ideograma C.H.A?
Conhecimento: é o saber, ou seja, é a compreensão de conceitos e técnicas que são necessários para atingir seus objetivos e que são adquiridos através de diferentes recursos, como: aprendizagens recebidas pela família, amigos, escolas, cursos, leituras, um treinamento realizado e sua própria formação acadêmica.
Habilidade: é o saber fazer, ou seja, representa a sua aptidão em atividade prática para o desempenho de sua missão e está associada à capacidade de produzir a partir do conhecimento adquirido, a experiência prática e o aprimoramento progressivo das aptidões desenvolvidas com o tempo e a experiência.
Atitude: é o querer fazer, ou seja, é a decisão consciente e emocional de seu modo de agir e reagir no dia-a-dia em relação a fatos e outras pessoas de seu ambiente.
Competências é como um “repositório” de conhecimentos, habilidades e atitudes
Quando falamos de competências, é como se pensássemos em um repositório de coisas que guardamos em um baú por exemplo, e que vamos em algum momento acessar.
Agora será que acessamos de forma consciente?
Quando pensamos naturalmente em nossos conhecimentos e habilidades será que conseguimos realmente ter as atitudes esperadas?
Refletimos naturalmente quando pensamos em conhecimentos, habilidades e atitudes (talvez menos em atitudes): pensamos em algo que se tem (eu sei falar inglês) independentemente de se eu uso esse conhecimento efetivamente na prática (se eu consigo me virar nos E.U.A falando inglês).
Mas quando falamos de ‘competente’, no sentido de ‘fulano é competente’, já temos muito mais a sensação de que fulano tem alto desempenho, entrega resultados sólidos, etc.
Sentimentos essenciais que complementam o C.H.A para se conseguir os resultados esperados
Muitos ainda estão acostumados a gerarem resultados a partir da obrigação que é passada por algum grupo, seja ela vindo do ambiente profissional, familiar ou social, não importando o quanto esse resultado tem de significado pessoal.
Mas nos dias atuais é importante que tenhamos um significado interno que faça sentido aos nossos valores e crenças. Que se tenha clareza do porque realmente é necessário chegar ao resultado que se esperam, que isso esteja alinhado com sua Missão de vida e assim por consequência, com seu Legado.
Não basta ter C.H.A.s: é preciso aplicar os C.H.A.s no trabalho e obter, assim, resultados. Não basta eu saber me comunicar bem: preciso comunicar-me bem no dia a dia, no meu trabalho e gerando com isso uma satisfação natural interna.
Os sentimentos que faltam nas pessoas e agrega à Teoria do C.H.A são:
Motivação: Motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus resultados. Envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados às nossas atitudes e se chegar no objetivo desejado. É o que faz com que os indivíduos dêem o melhor de si, façam o possível para conquistar o que almejam.
Amor: Sentimento que humaniza aquilo que precisa fazer, amor por si e por aquele que se envolverá no processo, paixão interna pelo que faz.
Esse sentimento impulsiona o motivo de se ter atitudes.
“Adquira CONHECIMENTOS incessantemente, desenvolva as HABILIDADES com base naquilo que agora sabe, encontre AMOR/PAIXÃO nisso para despertar a MOTIVAÇÃO interna, pois só assim suas ATITUDES terão maiores significados e os RESULTADOS aparecerão.”